Finalmente, chegou o dia do casamento! Eu olho meu noivo nos olhos e penso: Oh, meu amado, quanto te amo! Quanto ansiei por este dia. De hoje em diante poderemos compartilhar de uma vida única. Nunca me afastarei de ti. Confio em ti e te digo que, “aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16). No dia de hoje, meu amor, estou tão emocionada!

Depois, vem o sermão, e o pastor nos fala sobre as responsabilidades do casamento e sobre como devemos nos amar um ao outro. Eu penso que não é necessário falar disso, pois me parece algo tão fácil, tão natural. Nunca poderia deixar de amá-lo. Por fim, o pastor nos faz as perguntas:

“Na presença de Deus e das testemunhas, você recebe o irmão ___________ para ser seu marido, amando-o e estimando-o na saúde e na doença, compartilhando com ele as alegrias e as tristezas da vida, sendo paciente, benigna e bondosa com ele, vivendo em paz com ele como convém a uma esposa cristã fiel, deixando todos os demais, conservando-se apenas para ele enquanto ambos viverem?”

Facilmente e com gosto eu respondo: “Sim!”

Mas, depois de dez anos, ainda me sinto assim? Tenho sido fiel às minhas promessas? Depois de vinte anos? De trinta? De quarenta? De cinquenta? Sem dúvida, todas nós, esposas, temos de reconhecer que não é tão fácil como tínhamos pensado e que falhamos muito. Precisamos que alguém nos ensine a como amar nosso marido.

Primeiramente, não podemos edificar um casamento bem-sucedido sobre sentimentos e emoções. No dia do casamento as emoções sobem muito, mas elas não permanecem assim. As emoções sobem, mas também descem. Um casamento forte precisa de uma base mais firme que as emoções. Precisamos edificar sobre a “Rocha” Jesus Cristo. Seguindo suas instruções, podemos confiantemente edificar um casamento feliz. Ele nos ensina e nos ajuda pela Bíblia. Vejamos.

A Bíblia ensina, em Tito 2:4, que a mulher deve amar a seu marido. Alguém talvez diga: “Mas como isso é possível? Acabou todo o meu amor por ele. Eu não o suporto mais. Estou indo embora!”

Espere. Você está casada. Vejamos o que a Bíblia diz em Marcos 10:9, 11–12: “O que Deus ajuntou não o separe o homem. (…) Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera”. Em Gálatas 5:19, 21 lemos: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: Adultério, fornicação (…) os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. A Bíblia é muito clara: a mulher cristã nem sequer deve pensar no divórcio.

Há uma solução melhor, mesmo que exija humildade e esforço de nossa parte. Não podemos esperar até que o marido mude. Devemos começar conosco mesmas.

O primeiro passo é reconhecer quem somos. Não importa como ele seja ou o que tenha feito, reconheçamos os erros que nós temos cometido. Não é o momento de pensar nos erros do marido. Peçamos perdão a Deus e ao marido. Como segundo passo, é de suma importância que perdoemos por completo os erros do marido. Devemos enterrá-los e nunca trazê-los à tona.

Quando casamos, rendemos nossa independência e nossa vontade ao marido. Já não dizemos “eu”, mas “nós”. Não é mais o que eu quero, mas o que ele quer. Nós nos comprometemos a amá-lo em tempos de prova e em tempos de alegria. Obviamente, nem sempre sentimos amor; há momentos quando é difícil amar. Nesses momentos, temos de tomar a decisão de amar. Amemos “em obra e em verdade”, mesmo que não sintamos o desejo.

Em Provérbios 31:12 é dito que a mulher só faz bem ao marido e não mal, todos os dias de sua vida. O maior presente que podemos dar a nosso marido é submissão e respeito. Quando o respeitamos e amamos, estamos obedecendo e agradando a Deus.

Procuremos maneiras de agradar a nosso marido. Pensemos nele, não em nós. Deus nos criou para sermos uma companheira; portanto, estejamos sempre a seu lado. Ajudemos onde pudermos, escutemos suas alegrias e tristezas, seus problemas e seus sucessos. Interessemo-nos pelo que interessa a ele, em seu trabalho e nos seus afazeres. Lembremos também que prometemos ser pacientes, benignas e bondosas com ele. Prometemos viver em paz, não apenas quando tudo estivesse bem, mas também quando as coisas estivessem difíceis. Quando ele estiver doente, quando o dinheiro for escasso ou quando ele fracassa no trabalho, devemos sempre ser um apoio para ele. Podemos ser como um mosquito que sempre o está picando, ou podemos ser uma esposa que está a seu lado, ajudando-o e animando-o.

A esposa nunca deve gritar com o marido. Antes, deve sempre responder a ele de acordo com o caráter de Cristo. Se formos fiéis e pacientes, Deus será conosco.

Também devemos procurar manter a casa limpa e ordenada. Mandemos que os filhos guardem seus brinquedos e coloquem a roupa suja numa caixa ou no lugar devido. Devemos cuidar bem da roupa do marido, procurando mantê-la limpa e passada quando for necessário, cuidar para que não faltem botões na camisa e que as meias não estejam rasgadas. O lar deve ser um lugar limpo e ordenado. Precisamos oferecer um ambiente no qual o marido deseje estar.

Devemos também manter nossa dignidade na limpeza. É normal que a mulher que trabalha se suje, mas, se for possível, tome banho e penteie o cabelo antes de seu marido voltar do trabalho. É importante nos preocuparmos em nos apresentar tão atraentes como quando éramos sua noiva. Lembre-se: as mulheres que ele vê na rua andam bem-apresentadas.

Outro ponto muito importante é exigir que os filhos obedeçam ao que os filhos o respeitem. pai e o respeitam. No entanto, a criança aprende mais observando do que quando falamos. Se você não respeita seu marido, não poderá esperar

É importante que sejamos cuidadosas com o dinheiro que ele ganha com o suor do rosto. Alguém disse que a mulher pode jogar mais dinheiro fora com uma colher do que o homem consegue trazer com uma pá. Existem muitas maneiras pelas quais podemos gastar mal o dinheiro. Se descuidarmos da roupa, logo teremos de gastar para comprar outra; se calculamos mal a quantidade de comida a ser preparada, teremos de jogar as sobras fora, desperdiçando dinheiro desse modo. Devemos cuidar das coisas de casa e comprar apenas o necessário. Compremos o que gostamos apenas com o consentimento do marido.

Também é importantíssimo expressar com palavras nosso amor a ele, dizendo que o amamos e falando do que apreciamos nele.

Prometemos deixar todos os outros e nos conservar somente para ele. Claro que nenhuma mulher cristã terá um caso com outro homem. Mas e quanto aos nossos pensamentos? É possível manter na imaginação cenas de intimidade com outros homens. Isso pode destruir um casamento. O Senhor Jesus disse, em Mateus 5:28: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Aqui, Cristo refere-se ao homem, mas sua palavra é igualmente aplicável à mulher. Vigiemos a fim de nos manter puras tanto nos pensamentos quanto nas ações.

Em 1 Coríntios 13, a Palavra de Deus nos ensina a amar: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Nosso amor cresce ou diminui de acordo com nossa maneira de pensar. As atitudes e os pensamentos têm muita relação com o sucesso no casamento. Pensemos nas coisas boas que temos e não foquemos tanto no que não temos. Pensemos nas qualidades do nosso marido, e não em suas debilidades.

O amor é irresistível. Se praticarmos o amor, as coisas tendem a melhorar. Talvez não vejamos a melhoria no primeiro dia, mas, se persistirmos nesses conselhos práticos, nosso marido sentirá a mudança e responderá positivamente a ela. Tenhamos paciência. Confiemos em Deus e obedeçamos a ele em tudo o que diz respeito ao casamento.

Amanhã, ao acordar, olhe para seu marido com todo o passado perdoado. Olhe para ele tal como o fez no dia do casamento. Pense nele assim todos os dias. Faça isso todos os dias! Que você seja feliz ao expressar amor por seu marido.

Você se surpreenderá com o que acontecerá.

~ Marta de Yoder
(casada com Sanford Yoder durante 68 anos)

Detalhes
Idioma
Portuguese
Autor
Marta de Yoder
Editora
Editora Monte Sião
Temas

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