O compromisso matrimonial

Votos. Os votos significam algo hoje? Que Deus nos ajude a sermos amorosos e amáveis para com o nosso cônjuge.

Votos. Os votos significam alguma coisa hoje em dia? Você que é casado certamente fez votos semelhantes a estes:

“Votos feitos pelo esposo: “Você promete perante Deus e as testemunhas tomar a ___________ como sua esposa. Promete amá-la e cuidar dela, atendê-la na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, ser paciente, amável e viver com ela em paz como apraz a um cristão fiel, deixando todas as outras, e se conservando só para ela enquanto os dois viverem?”

Você a amará e cuidará dela

Diz-se que um casamento pode continuar sem amor, porém, o amor não pode continuar sem o casamento. Lamentavelmente, há muitos casamentos em que o amor tem desaparecido. Em alguns casos, o casal se mantém junto apenas por causa dos filhos, motivo esse para, de fato, não romper a união, no entanto, é necessário muito mais do que isso.

O amor está relacionado às nossas emoções, as quais sofrem mudanças constantes. Por isso, devemos nos esforçar para que o nosso amor cresça e não para que nos sintamos bem emocionalmente. Hoje em dia, há muitas pessoas que se deixam guiar pelas suas paixões. Contudo, se pudermos fixar em nossa mente o fato de estarmos casados “até que a morte nos separe”, nos esforçaremos para converter este compromisso em uma experiência de amor. Portanto, se você não ama a sua esposa, comece a amá-la.

Certo homem me disse que três anos depois do seu casamento, chegou à conclusão de que havia cometido um engano ao escolher a esposa. Entretanto, ambos decidiram recorrer a Deus. Quando eu os conheci, esse casal tinha um matrimônio piedoso e desfrutava de amor e carinho.

Proverá para ela

Observe: esta parte dos votos se aplica apenas ao marido. Nos dias de hoje, muitos casais trabalham fora de casa, o que não acontecia alguns anos atrás. Por sua vez, ainda há muitos lares que subsistem com um só salário. Muitas mães tementes a Deus servem com alegria os seus lares. Os cristãos levam a sério 1Timóteo 5:8: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel”. Nós que gozamos de uma escola cristã particular para os nossos filhos sabemos o significado de desembolsar uma grande quantia de dinheiro para dar andamento à causa citada; e não é só isso; levamos a sério o dever de ajudar com as necessidades médicas e mais outras coisas dos nossos irmãos na fé. Apesar de todas as despesas altas, muitas famílias sempre conseguem sobreviver somente com o salário do esposo.

Em julho de 2004, eu passei por um implante de quadril. O processo de recuperação e cura me fez lembrar em diversas ocasiões o compromisso de minha esposa comigo. Muitas noites de desvelo e muitos dias de desconsolo me permitiram ver com clareza que minha esposa estava comprometida a cuidar de mim. Em novembro do mesmo ano, sofremos um acidente e ambos ficamos na cama durante vários meses. Que benção foi podermos conversar durante muitas noites de desvelo. As conversas que tivemos e o consolo mútuo foram também uma lembrança do compromisso feito há quarenta anos.

Eu já li sobre esposos ou esposas que deixaram seu cônjuge devido a uma doença ou acidente. Enquanto escrevia este artigo, o caso da senhora Terri Schiavo ocupava as principais manchetes. Seu esposo não queria que lhe colocassem a sonda intravenosa que a alimentava; por outro lado, os pais de Terri fizeram tudo o possível para que voltassem a colocá-la. O mais interessante é que, posteriormente, soube que o esposo de Terri tinha outra mulher. O que aconteceu com o seu compromisso com a sua esposa? Jesus diz: “E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:5,6).

Será paciente e amável

Uma palavra áspera para com o nosso cônjuge deve ser tão esquisito quanto o estrondo de um trovão com o céu claro. Não podemos fazer com que a palavra uma vez pronunciada volte para a boca. Todavia, temos a oportunidade de pedir perdão e devemos fazê-lo, mas a ferida ocasionada permanecerá por muito tempo. Devemos, portanto, tomar cuidado com o que sai da nossa boca. Peça a Deus para lhe ajudar a ser paciente, amável e amoroso o tempo todo.

É curioso notar quão fácil é não perceber nossas próprias faltas e justificar com desculpas os nossos erros. Parece que podemos ser muito pacientes quando se trata de nós mesmos. Conta-se uma história de uma mulher que, certa tarde, deixou a torneira aberta no estábulo. Na manhã seguinte, seu esposo não demorou em lhe mostrar a gravidade do seu descuido. Pouco tempo depois, foi o homem que se esqueceu de fechá-la. Seu comentário logo foi: “Por alguma razão, não me pareceu tão grave quando eu o fiz”.

Que Deus nos ajude a sermos amorosos e amáveis para com o nosso cônjuge e duros com nós mesmos. a (1Coríntios 13:4-5).

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Votos. Os votos significam algo hoje? Se você é mulher casada, deve ter feito votos semelhante ao seguinte:

“Você promete, diante de Deus e destas testemunhas, tomar como __________ seu legítimo esposo. Você o amará e o estimará na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade; compartilhará com ele as alegrias e as tristezas da vida; será paciente, bondosa e amável com ele; viverá com ele em paz como corresponde a uma cristã fiel; e deixando a todos os outros, se conservará somente para ele enquanto ambos viverem?

Compartilhar com ele as alegrias e as tristezas da vida

Essa frase do voto matrimonial da esposa é diferente ao voto do esposo. Um dos propósitos principais de Deus ao criar a esposa foi para ser companheira. Em Gênesis 2:15-24 lemos que quando Adão deu nome aos animais não encontrou alguém que fosse uma companheira para ele. Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. No voto da esposa, ela promete compartilhar com seu esposo as alegrias e tristezas da vida. A tristeza, quando se compartilha com outra pessoa, parece aliviá-la. Que bênção é chegar em casa depois de um dia de trabalho e encontrar a esposa na porta dizendo alegremente: “Bem-vindo! Como foi o dia hoje?” Uma parte essencial no lar cristão é ter com quem compartilhar os eventos do dia, quer sejam provas ou alegrias.

Lembro-me de uma vez que levei as crianças comigo ao escritório em uma ocasião em que minha esposa não estava em casa. Retornamos antes dela e as crianças corriam por toda a casa buscando a mamãe. Para eles era estranho que a mamãe não estive em casa; e assim deve ser.

Em geral, a mulher compartilha mais facilmente o que sente do que o homem. Para nós, homens, é difícil compartilhar as coisas íntimas de nosso coração. O homem precisa da ternura da mulher para ser motivado a compartilhar. A esposa que aprendeu o segredo de compartilhar com seu esposo e o ajuda a compartilhar com ela, na verdade, tem cumprido o mandamento bíblico de ser uma auxiliadora idônea. Todas as frustrações e as provas da vida se tornam muito mais fáceis com tal companheira a seu lado. “O seu valor muito excede o de finas joias” (Provérbios 31:10).

Viverá com ele em paz

Como podemos conviver em paz? Para manter a paz, é necessário manter a calma e a tranquilidade todos os momentos. Levantar a voz é permitido quando tem um incêndio na casa, mas na vida normal não devemos proceder assim. Quando convivemos em paz, conseguimos resolver os problemas. Certamente haverá mal entendidos e frustrações. Mas, em tais casos devemos atacar o problema, não o cônjuge. “Segui a paz com todos" (Hebreus 12:14), inclui também o cônjuge.

Conviver em paz com o nosso cônjuge requer esforço. Requer lidar severamente com nossa obstinação e astúcia. Faça a si mesmo estas perguntas quando se encontrarem em um conflito: “Estou, verdadeiramente, tentando chegar a um acordo com meu cônjuge ou estou tentando provar que tenho a razão e meu cônjuge está equivocado?” É necessário diligência para ver como resolver o desacordo de maneira pacífica. Conheço um homem que, certo dia, fez o seguinte comentário: “Creio que a guerra é má; em vez de ir para a guerra, casei-me”. É certo que um aspecto da paz é a ausência de guerra ou conflito. E, embora não seja bom comparar um casamento com a guerra, muitas vezes essa é a realidade. No entanto, querido amigo, é muito mais desejável buscar viver juntos em paz, e essa também é a vontade de Deus. “Bem-aventurados os pacificadores; porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Lamentavelmente, essa bem-aventurança se perdeu em muitos lares. Mas Deus nos ajudará se lhe pedirmos humildemente. Ele deseja que vivamos juntos em paz.

Deixando a todos os outros

Lembro-me que minha esposa certa vez perguntou ao pastor se ela podia ter ciúmes de mim. O pastor lhe respondeu que sim, desde que seja da mesma maneira que Deus é ciumento. Ele quer que todo nosso amor seja direcionado a ele. Não podemos servir a Deus e a Satanás. O apóstolo Paulo afirma isso dizendo que somos um povo exclusivamente (especial) para Deus (Tito 2:14). Temos a característica de pertencer unicamente a Deus. Somos exclusivamente dele. Assim também deve ser o relacionamento matrimonial. Pertencemos unicamente a uma pessoa.

Não existe coisa que possa ferir mais rapidamente o coração que ver o cônjuge dar sua atenção para outra pessoa. Paquerar outra pessoa não somente fere o cônjuge, como também brinca com os sentimentos da outra pessoa. Arruína também meu próprio amor para com meu cônjuge. Por essas razões é pecado. Por que desejaríamos ferir nosso cônjuge? Nosso compromisso é o de agradar essa pessoa única com quem nos comprometemos por toda vida.

Durante o tempo de namoro, não faltavam maneiras de agradar nosso namorado ou namorada. Sobravam motivos para estar juntos. Jamais passava-se pela cabeça sair com outra pessoa. Evitávamos qualquer coisa que pudesse atrapalhar nossa amizade. Mas, lamentavelmente, depois de vários anos de casados, muitos se esquecem de continuar apaixonados pelo seu cônjuge. Enquanto o cabeleireiro cortava o cabelo de William Jennings Bryan, perguntou-lhe se poderia cortar o cabelo bem curto. O Sr. Bryan respondeu: “Quando minha esposa e eu éramos namorados, ela não gostava que meu cabelo estivesse muito curto. Por isso, deixei o cabelo crescer um pouco mais”. “Mas isso já faz anos”, respondeu o cabeleireiro. “Certamente já poderia cortá-lo”. “Por quê?” replicou Bryan. “Ainda estamos apaixonados”.

É preciso pedir a Deus que purifique nossa mente e nossos olhos para poder resistir à tentação da infidelidade. Lembre-se que prometemos deixar todos os outros por uma pessoa. Conserve-se somente para ele ou ela enquanto ambos viverem. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7). Lembro-me do que José disse quando foi tentado pela esposa de Potifar: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?”(Gênesis 39:9). Uma das estatísticas mais lamentáveis da atualidade é a quantidade de casamentos destruídos por causa do adultério. “Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará” (Provérbios 6:33). Sejamos como José e fujamos da tentação. Deus nos ajudará se fizermos nossa parte de deixar todos os demais.

De: A Tocha da Verdade #7

Dettagli
Lingua
Portuguese
Autore
Allan Miller
Editore
Editora Monte Sião
Argomenti

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